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domingo, abril 24, 2005

8 Meses…

242 Dias, 10 horas e 30 minutos são estes os números que concluem uma temporada cheia de coisas boas, espectaculares, fabulosas, por entre acontecimentos pouco claros, roçando a falsidade por vezes.
Vou recordar para sempre aqueles e aquelas com quem partilhei emoções, troquei sensações e impressões. Pessoas que me fizeram rir em momentos mais complicados, que tinham sempre “uma na manga” – e aí deixa-me tirar-te o chapéu, Fred. Realmente, até hoje não conheci ninguém tão positivo e optimista como tu! Desejo-te o melhor do Mundo.
Saber apoiar quem precisou nos momentos difíceis, dar uma palavra de esperança a quem a julgava perdida, encorajar aqueles que fraquejavam, são atitudes como estas que vou trazer comigo, ao fim de quase um ano na Ota.
Aqueles fins de tarde de desporto colectivo, onde nos exercitámos e ao mesmo tempo passámos bons momentos de diversão. Ás inúmeras noites que passámos a beber, e consequentes ressacas e más disposições do dia seguinte. Ás bebedeiras antes e depois dos testes. Ás letras e musicas que criámos – graças à tua guitarra, Oliveira. Aos filmes protagonizados e realizados por nós – a tua camâra deu um grande jeito, Cota. Aos 3 estarolas que baptizei logo no primeiro dia – Mendes, MiniMe e Doninha. Ás orações do Padreco. Ás desavenças e discussões que, em algumas situações, ultrapassou o admissível e a falta de respeito. Aos domingos em que uns queriam dormir e outros queriam falar. A vocês, os 19, que para sempre irei recordar!
E uma palavra especial para ti, que me proporcionas-te magníficos momentos. Por me teres confiado segredos que guardarei religiosamente comigo. Que me relatas-te episódios menos felizes da tua vida, e que te trouxe por vezes lágrimas aos olhos. Tu que sempre demonstras-te segurança no que dizias e confiança naquilo que querias, e ainda queres. Por saberes reconhecer quem te quer bem. Pela fase difícil que passaste a meio do curso, durante a qual foste abaixo. Mas não caíste… Apesar de palavras que nos magoaram, apesar de acções que pouco nos dignificaram, estivemos sempre lado a lado e nunca nos deixámos de apoiar porque afinal sempre fomos verdadeiros e frontais um para com o outro.
Vá para onde for, vás para onde fores…Estarei sempre contigo, estarás sempre comigo!
Ao Núcleo NPAA e seus respectivos elementos, que pouco ou nada fizeram por esta turma. Que souberam sempre criticar e exigir mas nunca tiveram colhões para elogiar e ajudar! Que sempre se mantiveram longe de nós, mas perto quando era para os jantares. Ao director de curso que sempre se revelou um grandessíssimo cabrão, ignorante e arrogante, coberto com uma enorme camada de falsidade. Vou ter muitas saudades dele e dos diálogos “acessos” que tivemos.
Ao meu Comandante de Esquadrilha sempre compreensível, pronto a ajudar, arranjando sempre forma de nos facilitar a vida, ou seja, o oposto do director de curso – de quem vou ter muitas saudades!
Ao Ramon e ao Manolo, pelos apetitosos bitoques que nos fizeram quando o jantar era peixe. E ás larachas que diziam, alegrando a malta – o oposto do director de curso, de quem vou ter muitas saudades.
Ao meu amigo, com idade para ser meu avô, e que muito me ensinou sobre a vida e os diferentes tipos de pessoas que irei encontrar na F.A.P., Sargento-Mor Baptista. Senhor Mor, poucos são aqueles que passaram pelo que o senhor passou e muitos menos são aqueles que têm orgulho na farda que vestem. Continue a apoiar os “índios”, como nos chama!
Á Ota agradeço por tudo o que me deu, me ensinou e proporcionou. Conheci pessoas, com quem ri, chorei, discuti e me diverti. Pessoas de diversos pontos do País que me ensinaram tanto ou mais como as aulas que frequentei.
Até sempre!

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