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sábado, junho 10, 2006

Código Da Vinci - o "filme"

Dizem que foram muitas pessoas a ler a obra. Dizem que as pseudo-conspirações invadiram a imaginação de todos que a leram. Dizem que a Igreja contestou arduamente contra a temática do livro. Digam o que disserem, o livro será para sempre recordado e eu espero que o filme seja eternamente esquecido!
Fartinhos estamos de saber que qualquer obra literária puxa pela imaginação humana. Visualizamos os nossos personagens, criamos os espaços da acção, observamos aspectos meticulosamente descritos. Isto é a magia do livro!
Código Da Vinci - o livro, é isso. Quem leu sabe, quem não leu que leia.
Código Da Vinci - o "filme", apesar de ter o mesmo nome, apesar de ser baseado no livro é fantastica e inesperadamente o contrário.
Desilude muito, verdade seja dita, não fui na esperança que se equipara-se ao livro, antes sim na curiosidade de saber que tratamento tinham dado a uma das mais lucrativas e polémicas obras literárias.
Tudo muito disperso. Ligação Tom "Langdon" Hanks/ Audrey "Sophie" Tautou é zero, lamentavelmente. Os espaços temos de ser nós, muitas vezes, de adivinhar - sobretudo no início. O suspense é forçado, o que torna massudo e cansativo o próprio filme.
Personagens-segundo, isto é, 5-10 segundos na tela, com poucas falas ou com demasiadas "deixas" para tão curto espaço de tempo. Muitos espaços saltados, e muito tempo curtado - apesar das 2hrs e 30 (aprox.) todo o filme é a correr.
O elenco é de luxo, mas de que adianta quando não transparece cumplicidade entre os personagens. Tom Hanks, Audrey Tautou, Sir Ian McKellen, Jean Reno, Paul Bettany e Alfred Molina compõem o núcleo central de actores.



Esperava-se algo bem melhor do que este resultado, é impossível dissociar o livro do filme - isto para quem leu, e com certa lógica visto que é um livro ousado e que exigia esforço e dedicação (julgo eu) na sua transposição para o cinema.
Pergunta: criticar é fácil, o que é que então poderia ter sido feito? Pouco percebo eu disto mas julgo que não se perdia nada em dividir este filme em duas partes. Permitia não só aprofundar mais aspectos, explorar os espaços, conhecer melhor os personagens, e criar um pouco de ansiedade com o desejo de estreia da segunda parte, para além da originalidade em dividir uma única obra em duas partes.
Ron Howard falhou e disso não há dúvidas, ao contrário de Dan Brown...

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